terça-feira, 11 de novembro de 2008

As Feridas Que Provocamos
Criticar os outros é algo muito perigoso; nem tanto pelos erros que você pode cometer ao criticar, mas pelo fato de você poder estar revelando algumas verdades a seu respeito. Harold MedinaImagine afundar uma faca afiadíssima no peito de um amigo num momento de repentina ira. À medida que a lamina penetra o corpo, seu amigo, atônito, tenta desesperadamente encontrar um pouco de ar. A seguir, gritando sob uma excruciante dor, ele cai ao chão. Perdendo sangue, sucumbido pelo sofrimento, ele entra em choque e perde os sentidos. Essa pessoa não morre, porque vem a receber cuidados médicos adequados e em tempo propício. No entanto ele irá carregar no peito, pelo resto da vida, uma enorme e repugnante cicatriz. É difícil imaginar um cenário como esse... A realidade, porém, é que muitos de nós cravamos amiúde laminas cruéis inclusive em pessoas que amamos. Nós usamos “facas invisíveis” que não derramam sangue. Nossa arma preferida é a CRÍTICA. Os ferimentos que provocamos são tão impiedosos como os produzidos por uma faca de verdade. Quero encorajá-lo a ser mais prudente com a sua crítica, porque ela pode destruir a auto-estima de alguém e trazer sobre essa pessoa danos irreparáveis. Alguns de nós já nos tornamos críticos contumazes. Antes mesmo que sare a ferida que provocamos, de novo, e mais uma vez, e outra vez, voltamos a esfaquear no mesmo lugar. Como podemos ser tão cruéis? A próxima vez que você sentir que está prestes a “esfaquear” alguém com suas palavras cáusticas, faça uma pausa, nem que seja por um breve momento, e na sua imaginação torne a sua faca visível. Uma vez compreendidas as feridas que você pode estar causando, estou certo de que ainda haverá chance de você interromper tão impiedoso ataque.

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