sexta-feira, 30 de maio de 2008

Os Patins
Havia um menino que tinha adoração por patins... Era tudo o que ele queria na vida.
Pediu, pediu, tanto fez que, um belo dia, conseguiu ganhar.
Ficou muito feliz com o par de patins, não desgrudava dele um minuto sequer, era dia e noite, o menino e os patins.
Só que, no primeiro tombo, no primeiro arranhão, ele ficou com medo de estragar os patins e resolveu guardá-los.
Os patins ainda eram a coisa que ele mais queria. O que ele mais gostava de fazer era estar com eles.
Mas ele preferiu apenas ficar olhando e não usar mais para não estragar. O tempo foi passando e os patins permaneceram guardados.
Passaram-se anos e o garoto esqueceu-se dos patins.
Então, em um belo dia, ele se lembra, sente saudades, e resolve recuperar o tempo perdido.
Vai até o armário, revira tudo, e, finalmente, encontra os patins. Corre para calçá-los e, então, tem uma terrível surpresa: os patins não cabem mais nos seus pés.
O menino chora e lamenta os anos perdidos que não vai mais poder recuperar.
Poderia, sim, comprar outro par, mas nunca seriam iguais àqueles!
Assim como o menino da história, são também as pessoas.
Guardam sentimentos, com medo de vivê-los, de se machucar e, depois, quando resolvem retomar este sentimento, muitas vezes ele já passou de sua melhor fase.
Portanto, deixe as besteiras de lado, as brigas, os ressentimentos, os medos e viva o amor hoje. O que importa é o presente e ser feliz. Não guarde os patins. Talvez hoje ainda haja tempo, amanhã pode ser tarde demais.

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